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A fuzziologia é um novo ramo da investigação humana, que apresenta as fontes e dinâmicas da inexatidão (fuzziness) – incerteza, imprecisão, indeterminação – inerente à nossa existência, naquilo que experimentamos, naquilo que aprendemos e conhecemos ao longo das nossas vidas.
Aquilo que experimentamos, aprendemos e conhecemos pode ser considerado como um mapeamento, da matéria não fuzzy que tudo permeia, do universo para o espaço “transcendental” das idéias humanas.
Nós – os seres humanos – somos a fonte principal de inexatidão (imprecisão, ambiguidade, indeterminação, falta de clareza, indiferença, obscuridade) que permeia a nossa experiência e existência, nosso entendimento e conhecimento, nossa “linguagem” e ação.
Nunca foi e nunca será uma inexatidão localizada fora da natureza humana – num mundo separado de nós. Tal mundo separado de nós simplesmente não existe; o mundo e nós estamos para sempre conectados através do cordão umbilical das dinâmicas comuns que tudo permeiam – energias, forças, substâncias e formas. Elas nos criaram no processo das suas interações. Elas apóiam a nossa existência e vitalmente afetam nossas vidas, mas nós também contribuímos nas maneiras como elas se manifestam através da nossa natureza evolutiva.
A inexatidão não é um estado estático, ela se move – se expande e encolhe, se bifurca ou “explode” em muitos fluxos. Quanto mais ampla e profunda for a investigação humana, mais saturada com fluxos convergentes, e misturados de ideias fuzzy e estórias que sempre se movem e se transformam, hipóteses e teorias, emoções e sentimentos, crenças e expectativas, aspirações e sonhos.
Quanto maior a “vorticidade” da inexatidão da nossa experiência e conhecimento, isto é, quanto mais rica e impregnada com dinâmicas são seus campos, maior é a chance de epifania – uma faísca repentina intuitiva no nosso pensamento, uma percepção espontânea da natureza essencial da realidade, uma descoberta iluminadora da verdade.