A complexidade corresponde à multiplicidade, ao entrelaçamento e à interação contínua da infinidade de sistemas e de fenômenos que compõem o mundo, as sociedades humanas, a pessoa humana e todos os seres vivos. Não é possível reduzir a complexidade a explicações simplistas, a regras rígidas, a fórmulas simplificadoras ou a esquemas fechados. Ela só pode ser entendida e trabalhada por um sistema de pensamento aberto, abrangente e flexível – o pensamento complexo. O modelo mental linear e a lógica do «ou/ou», que praticamente excluem a complementaridade e a diversidade, podem coexistir com um modelo mental integrador e a lógica inclusiva do «e/e». Ambos são necessários e úteis consoantes as situações e os problemas com que nos deparamos. No caso da medicina e das intervenções em saúde, as questões da percepção, da objetividade, da subjetividade, dos modelos de causalidade, da explicação de efeitos, da compreensão da conduta humana, da relação médico-paciente, entre outros, podem se beneficiar dos novos modos, conceitos e instrumentos práticos da complexidade e de mudanças nos nossos modos de perceber o mundo, de pensar e, consequentemente, de interatuar com ele.
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